Escrito por: Ian Medeiros
Quando o assunto é mídia apocalíptica ou pós-apocalíptica, seja ela de cunho religioso, fictício ou baseado em fato antigo, meu subconsciente já me alimenta com um interesse gigantesco; Station Eleven, por sua vez, trouxe também um sentimento de medo e ansiedade por seu tema ter tanta similaridade com o que estamos passando há 2 anos.
Assim que li a sinopse e vi o trailer, me perguntei instantâneamente se ainda não estava muito cedo para uma ficção com um tema no qual ainda estamos vivendo, afinal ainda dói e ainda me engatilha de várias formas, mas resolvi dar uma chance e me surpreendi principalmente com o eufemismo que a série foi inserindo sua catástrofe no piloto.
Assim que entendi quem seriam os protagonistas da história, confesso que não me senti nenhum pouco apegado a eles, individualmente falando, até porque eles exalam pouquíssimo carisma, mas vendo a forma em que eles se entrelaçam, acho que a série traz um ponto importante que é a empatia mesmo com aqueles que não conhecemos e isso com certeza deixou meu coração quentinho.
Durante o episódio, há comparações de espaços até então atuais, com os mesmos após a catástrofe mundial, fazendo a gente lembrar que a cronologia do piloto é apenas a explicação de um passado não muito distante e que as coisas mudaram bastante desde então, apesar de serem surpreendente as mudanças, achei bastante sutil esses lembretes durante o episódio.
Por fim, temos o desfecho do episódio com personagens já inseridos no caos que a série nos promete durante todo o caminhar do episódio. Me despertou então uma curiosidade imensa saber não só como estão as coisas no planeta, mas também como ficou a relação dos personagens principais durante essa mudança e como tudo isso vai ficar.
Nota: 7.5