Escrito por: Charlie Grandchamp
Na nova série Islandesa da Netflix, Katla, um vulcão subglacial está em erupção já há um ano e não há previsões para se acalmar. Os moradores da pequena comunidade de Vik foram em sua maioria evacuados na cidade, alguns serviços essenciais continuando a manter a cidade viva.
Coisas inesperadas começam a acontecer ao redor do vulcão, como o aparecimento de uma mulher completamente suja e perdida que a princípio é colocada como uma turista invasora que poderia estar querendo dar uma olhadinha no vulcão, mas logo o mistério começa a se acentuar e começamos de verdade com a nossa história.
Nós já vimos essa questão do “sobrevivente misterioso” com séries como Dark e Curon, e mesmo não sendo original nesse aspecto, há algo de envolvente em Katla. Talvez seja a atmosfera vulcânica que parece nos sufocar a cada segundo, talvez seja a curiosidade que nos abate na metade do episódio. O certo é que a série consegue prender a atenção do espectador.
Talvez seja então o peso de saber que a natureza é esplendorosa e poderosa. O homem pode ser achar grandioso, mas diante do poder de destruição da natureza, nós somos nada. O cenário devastador é muito bem mostrado nas cenas mais panorâmicas do ambiente que somos apresentados. A título de curiosidade, a série realmente foi gravada nos arredores de um vulcão, obviamente este não estava em erupção, mas ajuda a trazer uma realidade para a série.
Como primeiro episódio é difícil julgar para onde a série pode nos levar. Embora o começar da história seja intrigante e tudo levar a crer que vai se apoiar no estilo da Netflix de colocar um cliffhanger no final de cada episódio, não dá para dizer se os episódios vão conseguir se manter interessantes e se o mistério vai entregar o que está construindo.
Certamente é uma boa pedida para os fãs de mistérios europeus que já são muito comuns na biblioteca de originais da Netflix. Quem aguentar o ritmo mais lento e o clima realmente glacial da série, poderá descobrir o que está acontecendo em Katla.
Nota: 8.5