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Master of None By Rafael Mattos





Episodio 1x1 - Nota 8 2015-11-07 11:57:35

Admitirei logo de cara: eu não sou muito fã do Aziz Ansari. Não que eu tenha visto muitos trabalhos dele no decorrer dos anos, mas sua atuação em Parks como Tom Haverford nunca me conquistou (E estamos falando de uma série em que gosto de todos os personagens principais). Talvez isso não fosse só sua culpa, os roteiristas também tem sua parcela já que criaram um personagem que não conseguia me identificar, porém, a atuação dele era meio surtada (Normal já que tínhamos personagens como Leslie e Ron igualmente surtados) e o personagem era superficial, só queria saber de fama e fazer amizades com celebridades. Enfim...

Comecei essa série por duas coisas: Netflix e pelos altos elogios que está recebendo da crítica americana. E pior que eu gostei desse piloto. Foi um episódio calmo, porém dinâmico, conseguindo introduzir um assunto e trabalhar ele de forma simples e descompromissada. A vibe da série lembra algo meio indie e novaiorquino que nem outras séries como Louie e Girls possuem, então é normal pra quem já viu essas, que consiga enxergar certas semelhanças. E o melhor de tudo: Aziz incorpora um personagem mais real, sem tentar forçar piadas e colocá-lo em situações absurdas.

Então, vou ver mais. Espero que seja tão boa como dizem e que me faça ver Aziz com outros olhos. =)

Episodio 1x2 - Nota 8.5 2015-11-08 16:57:14

Parece que Master of None seguirá uma fórmula de que cada episódio terá um assunto abordado. Novamente, de forma simples e descompromissada, Aziz Ansari nos leva a refletir sobre a nossa geração e a geração passada, desprovida de diversão como a nossa, além de abordar mais sobre famílias que imigram para os EUA em busca de uma vida melhor.

Mas achei muito legal como Dev e Brian tiveram consciência de saber mais sobre seus pais e agradecê-los pelo que fizeram, sem ter que acontecer algum draminha pra chegarem nessa conclusão. E o pai do Dev conseguiu roubar o episódio, tanto com seu carisma quanto com o seu sotaque exagerado.

Só me pergunto se teremos continuidade entre os episódios ou vai ser algo mais segmentado.

Episodio 1x3 - Nota 8.5 2015-11-09 18:18:53

Apesar dos episódios não serem tão longos assim, achei que esse daqui acabou arrastando um pouco na primeira parte até o encontro com Alice. Entretanto, a primeira parte também serviu para construir melhor a interação entre Dev e seus amigos (Toda a parte de Sherlock é legal, com Brian empolgado falando sobre a era de ouro da televisão e depois dormindo no meio do episódio e Dev interrompendo o programa para responder as mensagens).

Mas a segunda parte acaba valorizando o episódio já que temos uma visão sobre encontros modernos e a dificuldade que é encontrar uma pessoa com quem criamos afinidade e compreensão. E apesar de ser um assunto clichê, o roteiro é pé no chão, tanto nas discussões dos amigos sobre o que Dev deve responder nas mensagens até o encontro onde uma mulher gata que você está interessado se torna alguém chata e superficial.

O retorno da Rachel é meio que uma surpresa, tanto por manter uma continuidade, como por ela e Dev terem uma boa química em tela. E mesmo que fosse um pouco óbvio que eles não fariam nada demais, fica aquela esperança de que, talvez, eles possam engatar um romance até o final da temporada.

Episodio 1x4 - Nota 9 2015-11-11 11:47:32

Por ser uma dramédia, nem todos os episódios serão engraçados e acho que não devemos nos segurar apenas na diversão, ainda mais quando vimos um assunto pouco explorado na TV e que apenas alguém que vive nesse meio entenderia como expor. Racismo é racismo em qualquer lugar e ver que Hollywoo e a cultura pop em si é recheada de estereótipos (não apenas indianos, obviamente) demonstra o quão conservador a indústria ainda é.

Não apenas a indústria, mas gosto muito de duas cenas, quando Dev fala que negros e gay já possuem certa relevância quando são ofendidos, mas indianos ou asiáticos, por exemplo, ainda não possuem influência para tanto como receber um pedido de desculpas de quem comete o erro. A outra é quando todo o diálogo sobre "não podemos ter dois indianos no mesmo programa" acontece já que dois indianos daria a impressão ao público que é uma série indiana (Aí a gente percebe que nossas mentes não estão tão longe de serem preconceituosas também).

Enfim, foi um ótimo episódio que abordou o assunto de forma relevante e ao mesmo tempo de forma simples como todos os episódios até agora foram. Apesar do roteiro ser fortemente contra as situações racistas que acontecem, não existe uma grande lição de moral forçada. Nós apenas entendemos Dev e esperamos que ele consiga mais papeis que não precise fazer sotaque.

Episodio 1x4 - Nota 9 2016-07-16 23:49:50

Que lástima a média desse episódio.

Episodio 1x6 - Nota 9 2015-11-14 17:06:20

Olha, boa observação. Isso me deu muito a pensar.

A definição de Manic Pixie Dream Girl é sobre uma personagem que possuí o conceito de fazer o protagonista viver à vida ao seu máximo, encontrar felicidade através dela, criar a visão de que ela é uma mulher perfeita, etc, etc. Entretanto, se pararmos para pensar, acredito que tanto Rachel como o Dev poderiam muito bem entrar no mesmo parâmetro. Se a Rachel é o tipo de garota que o Dev precisava agora depois de algumas desilusões amorosas episódios atrás, o mesmo vale pra Rachel que precisava de um cara legal depois de terminar com o seu ex. E ela realmente encontrou um cara legal, alguém perfeito pra sair numa viagem.

Outro ponto bacana é que a viagem não é a ideia de nenhum dos dois e sim de uma terceira pessoa, Denise. Isso me dá a sensação de que nenhum dos dois está incentivando o outro a buscar aventura ou felicidade. Tanto que ambos fazem coisas bem normais como comer em restaurantes e fazer comprar nas lojas locais, ou seja, não há nenhuma grande loucura (Entretanto, acredito que por passarem um encontro em outra cidade em vez de um um jantar normal, pode ter dado novos ânimos para os dois se divertirem). Talvez, o maior ponto que venda Rachel como uma MPDG é quando ela passa a comprar a história dos fantasmas e entrar na brincadeira com Dev, demostrando uma ligação bem grande entre os dois. E ainda assim, não devemos pensar que, talvez, em alguns momentos de nossa vida, a gente simplesmente não consegue encontrar uma pessoa com quem tenhamos uma interação divertida como eles tiveram?

Mas existe o perigo de Rachel ser perfeita demais e trabalhada como tal. Os próximos episódios é que ditarão isso. Porém, como Master of None, apesar de uma série descompromissada muitas vezes, é bem calcada na realidade, tenho a sensação de que Rachel também tem suas ambições e objetivos que podem muito bem contrastar com essa visão da MPDG.

Episodio 1x7 - Nota 9 2015-11-15 11:33:21

Que genial a abertura desse episódio evidenciando a diferença entre homens e mulheres quando saem do bar ou qualquer outro estabelecimento à noite. Enquanto o maior problema dos dois é quando Dev pisa em merda de cachorro, Diana precisa praticamente fugir de um stalker. É uma abertura que ilustra muito bem todo o assunto que vai ser trabalhado pelo roteiro.

Porém, o maior brilho é quando vem os momentos finais. Dev conta para todas as pessoas que pode sobre a ótima ação que fez ao "prender" um cara se masturbando num trem ou sobre sua ideia de dar mais espaço para mulheres em comerciais, mas, ainda assim, não importa o quanto ele pensa que sabe o que as mulheres vivem, ele realmente não tem toda a noção disso. Quando Rachel e Denise evidenciam a falta de importância que Brad demonstrou por não cumprimentá-las, a primeira coisa que Dev fez foi defendê-lo ou achar que não existiu nada demais no que ele fez. São pequenas coisas súteis assim que denunciam muitos as visões das pessoas.
E a Noël Wells caiu como uma luva nessa série. Ela gritando que ganhou à discussão é o momento mais satisfatório.

Então, acho que existe uma mensagem bem consciente nesse episódio. Provavelmente, homens nunca entenderão totalmente as situações das mulheres, mas pelo menos, podemos ouvi-las e tentar fazer o contrário que os creepy dudes fazem.


Episodio 1x9 - Nota 9.5 2015-11-17 08:49:45

Como se eu não pudesse amar mais bottle episodes, MoN faz o melhor da temporada nesse aqui, de forma diferente e simples, focando em apenas dois personagens em diversas manhãs durante quase um ano. O maior destaque dessa série desde o começo é sempre ter um desenvolvimento mais pé no chão e todas as camadas do relacionamento de Dev e Rachel se fazem presente, desde as transas loucas até às brigas por coisas bobas. Claro que Aziz Ansari e Noël Wells possuem carisma o suficiente para segurar o episódio juntos, o que ajuda muito em toda a execução.

É o tipo de episódio que evidencia muita coisa sobre como a vida morando com alguém é muito bom e também totalmente difícil ao mesmo tempo. Criar intimidade e confiança um no outro é algo bom que pode se tornar entendiante e rotineiro com o passar do tempo. Gosto muito do final quando Dev diz que não ter certeza se ele serão felizes, mas que estão felizes agora. É um momento honesto e bonito que, ao mesmo tempo, dá a sensação de nenhum namoro dura por muito tempo. Não me surpreenderia se Dev e Rachel acabassem terminando futuramente, o que seria outro assunto que Aziz poderia abordar sobre relacionamentos.

Episodio 1x10 - Nota 9 2015-11-17 14:44:51

Imaginei que Dev e Rachel poderiam terminar, mas fiquei surpreso em ver que acabaram logo nesse final. Pensei que se isso acontecesse, poderia ser na segunda temporada (Que série da Netflix não é renovada, certo?), porém, mesmo que pareça ser uma decisão rápida demais, quando paramos para analisar o roteiro em si, faz muito sentido.

É muito fácil se identificar com Dev. Hoje em dia, temos muitas opções e por causa disso, ficamos inseguros. Isso é algo que nossa geração enfrenta. Seu pai dá uma sermão dizendo que sempre soube o que queria da vida, só que suas alternativas eram poucas (Obviamente, não estou fazendo pouco dele, já que sair da Índia pra tentar à vida nos EUA é algo realmente admirável). A opening do episódio demonstra isso tão bem com a indecisão de Dev sobre tacos e isso reflete o quanto até em coisas pequenas nós não sabemos exatamente o que escolher.

No final, o episódio seguiu seu caminho lógico. Dev, ao não ser cortado do filme, não apresenta nenhuma empolgação em sua carreira de ator, enquanto sua consciência também pesa sobre o que ele espera ou não de seu namoro com Rachel. Gosto muito do final, querendo nos enganar à pensar que ele iria atrás dela. Claro que não. Pela primeira vez, Dev toma uma decisão só sua - mesmo que Rachel tenha, de certa forma, o influenciado - e escolhe finalmente passar um tempo na Itália. Talvez, a Itália não traga nenhuma resposta à ele, mas pelo menos não precisará pensar num futuro "E se eu tivesse ido pra Itália?".

No mais:
- Adorei o detalhe do Dev lendo o livro na livraria sem comprar. Eu nunca fiz isso na vida :V
- Não importa que terminaram, quero mais da Rachel na próxima temporada;
- Mais do pai do Aziz também.
- Mesmo com nossa relação não funcionando em Parks, você conseguiu criar uma série que eu realmente gostei. Parabéns, Aziz.

Episodio 2x1 - Nota 9 2017-05-13 01:32:55

Master of None voltou tão segura que deu até um orgulho. Aziz Ansari cada vez me surpreende mais, não apenas roteirizado e também protagonizando (nesse episódio ele atuou muito bem), mas também dirigindo um episódio belíssimo em preto e branco que não é a coisa mais fácil de fazer. Acaba entregando um capítulo lindo de ambiente e que sabe bem utilizar o choque de cultura e a dificuldade de Dev em falar certas palavras para criar uma situação divertida e um pouco triste já que Sara parecia mesmo uma moça legal (acredito que ela voltará já que vive em New York).

Foi um episódio bem humorado também porque o roteiro estava ótimo em ser atual, assim como o comentário do Dev sobre minoria ou todo mundo com o celular em mãos.

Episodio 2x2 - Nota 8.5 2017-05-13 03:06:45

Gostei muito como o plot do Arnold tinha algo a ver com o do Dev também e ambos aprenderam algo nesse episódio. Às vezes é necessário mesmo tentar superar do que continuar mantendo uma ideia de que talvez aquele relacionamento possa retornar. E a amizade do Dev com o Arnold é muito bonita.
Eles cantando pra cada coisinha me lembra de Mordecai e Rigby de Regular Show.

Episodio 2x4 - Nota 9 2017-05-19 12:41:41

Eu fico imaginando o trabalho da edição para montar esse episódio, assim como o roteiro que teve que dividir cada cena com cada mulher que o Dev se encontra. E realmente, MoN é uma série mega atual, dá pra ver como eles pensaram em todas as possibilidades do que poderia acontecer, desde a mulher que fica no aplicativo enquanto está no encontro desde a moça que o Dev consegue levar pra cama.
Enfim, foi um dos episódios mais criativos e também um dos mais engraçados.

Episodio 2x5 - Nota 8.5 2017-05-19 15:18:13

Essa atriz que faz a Francesca, tudo que ela faz é fofo, que é isso...

Enfim, foi um episódio que não precisava ser tão longo assim, não teve um ritmo rápido como os outros. Ainda assim, lidou com várias questões. O chefe do Dev deve ter alguma importância mais pra frente e tivemos confirmação de que não vai rolar nada com a Priya. O retorno da Francesca me lembrou um pouco o da Rachel na primeira temporada que pareciam personagens de um episódio e depois voltaram com mais importância. Como a maioria, gosto de vê-los juntos, mas não sei se deveriam ultrapassar a linha da amizade.

Episodio 2x8 - Nota 9.5 2017-05-29 03:30:47

Muitas séries já fizeram episódios sobre personagens tendo que sair do armário e lidar com a família, mas Master of None fez algo incrível em praticamente o episódio inteiro se passar na casa da mãe de Denise e todos os dias envolverem o Dia de Ação de Graças. Isso tornou o episódio muito mais interessante já que podemos conhecer Denise mais intimamente de uma forma como nenhum outro episódio já fez. Nunca imaginaria que ela e Dev fossem amigos por tanto tempo e que ele era praticamente parte da família nos feriados.

Acho que isso faz de Master of None ser uma baita série. Não apenas pegou um tema, mas utilizou uma estrutura única para isso. Ver a mudança, não só de Denise e Dev pelos anos, mas também de como os penteados e a casa mudava (direção de arte está de parabéns) ou como certos assuntos não mudam, da dificuldade das minorias em conseguirem reconhecimento. Enfim, um episódio completo, que tem uma ótima mensagem e que sabe bem abordar o assunto de forma diferenciada.

E tudo se completa quando vemos a mãe de Denise pegando sua mão. Apesar de julgar a filha por tanto tempo, ainda existe muita preocupação e carinho na relação.

Episodio 2x9 - Nota 9 2017-05-29 05:18:39

Obviamente é um dos episódios mais importantes para a storyline central da temporada, mas é curioso como esse episódio traz percepções diferentes para muitas pessoas. Enquanto muita gente acha bonita essa relação dos dois e querem vê-los juntos, muitos também acharam que Francesca é mais uma manic pixie dream girl que estamos cansados de ver.

Enquanto há muitas interpretações para o episódio, eu fico pensando em escapismos. Porque não apenas Francesca serve para Dev dessa forma como ele também. Quando Francesca está com Dev, ela pode ser mais charmosa, engraçada, mostrar vertentes diferentes para ele porque os dois não se conhecem tanto. E com tantas coisa que NY tem a oferecer e Dev sendo alguém que conhece tantos lugares (principalmente restaurantes), é fácil entender porque ela se apaixonaria por uma cidade diferente e por alguém diferente. É um frescor novo depois de dez anos vivendo a mesma rotina no mesmo relacionamento.

O mesmo podemos dizer de Dev que está louco para ter uma mulher em sua vida e encontra em Francesca uma mulher super fácil de se conectar e que consegue entender suas piadas e também ser um escape. Talvez é mais fácil conquistar alguém que esteja num relacionamento desgastado do que alguém que você encontre por um aplicativo.

Aziz Ansari e Alessandra Mastronardi são lindos juntos (Sério, Alessandra Mastronardi deve ser a pessoa mais fofa que eu já vi em tela) e há momentos divertidos e bonitos (ajuda muita por NY ter muitos lugares sensacionais para se filmar), porém, eu acho que a duração do episódio peca um pouco. Há outros episódios que eu gostaria que tivessem mais minutos invés desse. Além disso, eu senti falta de algumas cenas próprias da Francesca, como na cena da briga que foi um dos momentos mais reais de toda a série até agora e ajudou a firmar o dilema onde ela está.

Apesar de não ser perfeito, ainda é um bom episódio que, como eu disse, abre muitas interpretações para muita gente, mesmo sendo um plot simples. Conseguimos entender o lado de todo mundo e dá vontade de torcer para que os dois fiquem juntos. Mas não posso dizer com certeza se os dois estão realmente apaixonados ou se estão apaixonados pela ideia que um representa para o outro.


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Rafael Mattos

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